sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Posição do PSTU no segundo turno das eleições presidenciais

Zé Maria, Presidente Nacional do PSTU

Diante de um segundo turno disputado por um candidato do PSDB – representante maior dos bancos e das grandes empresas em nosso país – e uma candidatura do PT, nós entendemos as razões que levam ainda muitos trabalhadores a acharem que é melhor votar em Dilma para derrotar Aécio Neves, e respeitamos, obviamente, a opinião de todos que pensam assim. Mais que isso, queremos estar juntos com estes e com todos os trabalhadores nas lutas que teremos pela frente para defender nossos direitos e melhores condições de vida para nosso povo. No entanto, queremos expressar claramente a opinião do nosso partido pelo voto nulo e as razões pelas quais a adotamos.
O PSTU lançou candidatos às eleições para defender um programa operário e socialista para o país. Um programa para garantir o atendimento das demandas necessárias para assegurar vida digna para os trabalhadores e o povo pobre - saúde, educação, moradia, transporte, aposentadoria, reforma agrária, emprego e salário digno para todos. Para assegurar o respeito aos direitos das pessoas LGBT, o fim da discriminação e do machismo contra as mulheres e do racismo contra negros e negras. Que ponha fim à violência e à criminalização da pobreza e das lutas dos trabalhadores e da juventude brasileira.
Um programa que, para atingir estes objetivos, avança em medidas para colocar fim ao controle que os bancos, as empreiteiras, as multinacionais e as grandes empresas têm sobre nosso país, pois esta é a única forma de acabar com a injustiça e a desigualdade.
O segundo turno das eleições será disputado por duas candidaturas que não defendem este programa. Aécio Neves, do PSDB é o representante direto dos bancos e das grandes empresas que controlam o país. Seu governo seria a expressão clara do retrocesso, da volta de um governo que, como FHC, privatizou, entregou o patrimônio do Brasil às multinacionais e atacou duramente os direitos dos trabalhadores. De governos como o de Geraldo Alckmim de São Paulo e de Anastasia em Minas Gerais, onde a brutalidade e a violência policial é a única resposta às demandas dos trabalhadores, do povo pobre e da juventude a brutalidade policial.
A continuidade do governo do PT, com Dilma Roussef, tampouco vai trazer as mudanças que os trabalhadores e a juventude brasileira querem, para terem uma vida melhor. Depois de 12 anos de governo petista, é forçoso reconhecer que este partido tem governado privilegiando os mesmos interesses que o governo anterior. Ao buscar uma aliança com os bancos e grandes empresas para governar (representados pelos Sarney’s, Collor’s e Maluf’s da vida), o PT não mudou nem vai mudar o país.
O Bolsa Família, apresentado como prioridade do governo petista, pois destinado a combater a pobreza, leva do orçamento do país cerca de 24 bilhões de reais/ano. Já o Bolsa Banqueiro – recursos públicos que saem do mesmo orçamento para engordar os lucros dos bancos e especuladores do mercado financeiro – chega a 900 bilhões de reais/ano. Ou seja, a prioridade, de fato, segue sendo os bancos e não os pobres.
Pelo contrário, com a desaceleração da economia que estamos assistindo – o PIB do país deve crescer menos de 1% este ano – o que está em preparação desde já são mais ataques aos direitos dos trabalhadores. É o aumento do preço da gasolina (e aumento de preços que vêm em cascata toda vez que aumenta a gasolina), aumento da tarifa de luz, continuidade das privatizações, como o recente leilão do Campo de Libra; o que se prepara é mais subsidio para os bancos e grandes empresas, e não medidas que impeçam o crescimento de desemprego.
Vai ser assim em um eventual governo do PSDB, mas infelizmente, pelo que se viu nos últimos doze anos, também em um governo do PT. A experiência do povo brasileiro com os governos do PSDB e também com os governos do PT não dá base para que se tenha ilusão de que o resultado destas eleições mude o país e acabe com as mazelas que afligem nossa vida cotidianamente. Pelo contrário, os trabalhadores e a juventude devem se preparar para a luta em defesa de seus direitos e interesses. É nas lutas que vamos mudar o Brasil para assegurar vida digna para os trabalhadores e o povo pobre.
O PSTU acredita, como dissemos no primeiro turno, que o voto é um gesto político, fortalece quem o recebe. E – por tudo que está dito acima – nossa opinião é que não podemos fortalecer nenhuma das alternativas que estão disputando o segundo turno. Por esta razão, nossa opinião é que o voto certo no segundo turno é o voto nulo, e que sim, precisamos fortalecer cada vez mais a organização e a luta dos trabalhadores e a juventude, pois é na luta que reuniremos condições para mudar nosso país. É esta opinião que levamos aos milhares de trabalhadores e jovens que nos acompanharam na primeira fase das eleições.
Saudações socialistas
Zé Maria, Presidente Nacional do PSTU

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Passadas as eleições, a luta continua. Conheça mais o PSTU!

Um convite especial a você que votou '16' neste domingo, ou que simplesmente acha que é preciso lutar para mudar a realidade


Nessas eleições, o PSTU apresentou uma alternativa de classe e socialista para presidente, contra a falsa polarização do PT e PSDB, e também contra a falsa terceira via representada por Marina Silva. Zé Maria enfrentou o boicote dos grandes meios de comunicação, assim como uma lei eleitoral injusta que privilegia os partidos que estão no poder, para apresentar um programa socialista, defendendo um governo sem patrões e um Brasil para os trabalhadores. Uma campanha totalmente financiada pelos trabalhadores, sem dinheiro de bancos e empreiteiras, e com ênfase na classe operária.
Para o PSTU, a eleição é apenas um momento da disputa política na sociedade. E não o mais importante, pois é um terreno da burguesia, um jogo de cartas marcadas em que os candidatos dos bancos e grandes empresas são quem têm chances de vencer. O PSTU utiliza a campanha eleitoral para divulgar um programa socialista para o país, e também para dizer aos trabalhadores que as verdadeiras mudanças virão não das eleições, mas da luta da classe trabalhadora, das greves e mobilizações. Este é o nosso verdadeiro terreno.

A você que acompanhou a campanha do PSTU e votou “16” neste domingo, nosso muito obrigado. Cada voto em Zé Maria e nas candidaturas do PSTU é um voto roubado da burguesia e um ponto de apoio na construção e fortalecimento de uma alternativa de classe, socialista e revolucionária. Passadas as eleições, fazemos um convite especial, assim como a você que não votou no PSTU, mas concordou com o nosso programa e também acha que é preciso lutar para mudar as coisas: Conheça mais o PSTU!
Um partido diferente
O PSTU não é como os demais partidos, que você vê apenas na campanha eleitoral e depois desaparecem. Não somos um partido em que as pessoas entram para “se arrumar na vida”. O PSTU atua cotidianamente na luta dos trabalhadores, nas mobilizações, nos movimentos sociais e estudantis. Nossa luta é todos os dias. Mas qual a necessidade de um partido?

As greves e manifestações são importantes e é através delas que temos conquistas. Mas elas têm um limite. As Jornadas de Junho, por exemplo, fizeram tremer o país e derrubaram o aumento das passagens de ônibus em várias capitais. Mas, depois, o aumento voltou em vários lugares. Uma greve pode conquistar reajuste nos salários, mas logo depois ele é comido pela inflação. É preciso dar um sentido estratégico a essas lutas. E, para nós, a estratégia é acabar com esse sistema injusto em que uma pequena minoria vive às custas da maioria explorada. Acabar com o capitalismo. Não há qualquer possibilidade de um “capitalismo humanizado”, mas tão somente miséria, 

O PSTU é um partido socialista, pois só é possível acabar com as mazelas do capitalismo num sistema em que a maioria governe. Se são os trabalhadores que produzem todas as riquezas desse país, por que não são eles quem governam? Não temos nada a ver com as caricaturas de socialismo que existiram na história, como a União Soviética estalinista, a China ou Coreia do Norte. Para nós, socialismo pressupõe uma verdadeira democracia. Não essa democracia hipócrita que temos hoje, que quem manda é quem tem o poder econômico, mas a democracia operária, em que os próprios trabalhadores decidam seus destinos.
O PSTU é um partido revolucionário, pois só com uma revolução será possível tirar a burguesia do poder. As eleições e o parlamento funcionam para manter tudo como está. Os políticos financiados pelos banqueiros e empreiteiras são os que ditam as regras. A Justiça que temos hoje é uma Justiça de classe, que criminaliza os pobres, negros e os que lutam para mudar essa realidade. Uma revolução em que a classe trabalhadora, a juventude e a grande maioria da população se mobilizem e tomem o próprio destino em suas mãos.
O PSTU é um partido democrático. Funcionamos com base no centralismo democrático. O que é isso? Diferentemente de outros partidos, em que os chefes e os parlamentares mandam e os outros obedecem, no PSTU a política é discutida democraticamente entre seus militantes. Diferentes propostas são votadas, e a que ganhar é aplicada pelo conjunto do partido. 
Saiba mais sobre o PSTU!
Conheça mais as nossas ideias, propostas e a forma como funcionamos. Filie-se e continue essa conversa!


Fonte: pstu.org.br